Você já deve ter visto, em algum noticiário policial, uma entrevista de um bandido. E acredito também que tenha notado os poucos recursos para formar suas frases e até mesmo citar algumas palavras. O baixo nível e a obscuridade contida nessas palavras são condizentes com a sua atual situação.
Eu também acredito que você tenha ouvido qualquer musica do Marcelo Camelo, um dos mais talentosos compositores nacionais. A poesia, a realidade nas palavras, expressões bem colocadas, enfim, verdadeiras obras de arte.
É claro que, comparando esses dois extremos ( Bandido X Artista ) fica fácil perceber as diferenças e até entender os motivos.
É muito provável que a educação recebida por um criminoso nem chegue perto da recebida por uma artista. Isso não significa que todos que tenham pouca base educacional (e são muitos) tem tendência e serão criminosos. O mesmo vale para quem teve boas condições de aprendizagem.
Nesse país ninguém “recebe” educação, quem a tem, conquistou com muito esforço. Coisas que deveriam ser prioridades, e realmente são nos países bem desenvolvidos são contrariamente desprezados ou muito mal tratados aqui. São os casos da educação e saúde, por exemplo.
Essa base que faltou, hoje faz diferença... diferença e muita falta. A comunicação mais fundamental se perde na ignorância.
É difícil mudar ou melhorar quem tem essa educação falha, já que não teve o hábito da aprendizagem, a aceitação se torna mais complicada. Essa mudança deve começar na origem... A expressão “cortar o mal pela raiz” se encaixa perfeitamente nessa situação, ou seja, uma boa comunicação depende do conhecimento e do bom uso das palavras e esse conhecimento só é obtido através da educação, e essa tem que ser hábito.
João Paulo de Lima
